
HISTÓRIA
A primeira formação do que viria a tornar-se os The Cure chamava-se
The Obelisk e era composto por estudantes da Notre Dame Middle School de
Crawley, Sussex. O grupo fez seu debute público em abril de 1973 e contava com Robert Smith no piano, Michael Dempsey e Marc Ceccagno na guitarra, Laurence "Lol" Tolhurst na percusssão e Alan Hill no baixo. Em Janeiro de 1976, após deixar os Obelisk, Marc Ceccagno forma os Malice
com Robert Smith, agora também na guitarra, e Michael Dempsey, que
passou a baixista, juntamente com outros dois companheiros de turma da
St. Wilfrid's Catholic Comprehensive School. Ceccagno abandonou pouco depois o projecto para formar uma banda de Jazz-rock fusion chamada Amulet. Pouco tempo depois, Lol Tolhurst, dos Obelisk, e Porl Thompson, já bastante conhecido na região pelas suas aptidões, entram para os Malice na bateria e guitarra solo, respectivamente.Após várias tentativas para conseguirem um novo vocalista, Peter O'Toole assumiu a posição. Neste período faziam releituras de David Bowie, Alex Harvey, Jimi Hendrix, entre outros e começaram também a escrever o seu próprio material.
Em Janeiro de 1977, após alguns concertos pouco satisfatórios e por estarem crescentemente a serem influenciados pelo surgimento do punk rock, os Malice passaram a ser conhecidos como Easy Cure, nome retirado de uma canção de Lol Tulhurst. No mesmo ano, ganharam um concurso de talentos promovido pelo selo alemão Hansa Records e receberam um contrato de gravação. Apesar da banda ter gravado faixas para a editora, nenhuma foi lançada. Em Setembro do mesmo ano, Peter O'Toole abandonou o grupo e Smith assumiu o papel de vocalista. Seguindo desavenças em Março de 1978
sobre a direcção que a banda deveria tomar - tendo o grupo rapidamente
percebido que ganharam o concurso não pelo seu valor, mas pela sua
imagem, o contrato com a Hansa foi desfeito.
Smith mais tarde lembrou "Nós éramos muito jovens. Eles simplesmente
pensaram que nos podiam transformar num grupo adolescente. Na verdade
eles queriam que nós fizéssemos releituras e nós sempre recusávamos"
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…Todos os grupos que gostávamos tinham o "the" antes do nome da banda, mas The Easy Cure soava estúpido, então mudamos o nome para The Cure. Chateou alguns dos nossos antigos fãs mas…bom, aí está… eu pensei que The Cure era mais "aquilo". | ![]()
— Robert Smith, Ten Imaginary Years, 1988
|
Nesta altura os The Cure passam a ser um trio composto apenas por
Robert na voz e guitarra, Michael Dempsey no baixo e Lol Tolhurst na
bateria. Enviam as suas demos a todas as maiores editoras, mas não obtêm
qualquer resposta, excepto do A&R da Polydor, Chris Parry. Após uma longa conversa, com vários copos à mistura, assinam um
contrato com Parry mas não pela Polydor, mas pela sua própria editora
que acabara de criar, a Fiction Records, tornando os The Cure a primeira banda a assinar por esta editora.
O primeiro single da banda, "Killing an Arab" é lançado no Natal de 1978,
single esse que é bem recebido pela crítica inglesa sem no entanto
deixar de criar polémica junto de pessoas menos informadas que pensaram
que a música teria conteúdo racista, mas a música era uma homenagem ao
livro L'étranger, de Albert Camus, onde acontece o mesmo fato descrito na música. O primeiro álbum, Three Imaginary Boys, só sai em Junho de 1979, e foi igualmente recebido com muito boas críticas, ao ponto de apelidarem os The Cure de "os novos Pink Floyd" (do período de Syd Barrett).
No entanto o som que caracteriza o álbum, ainda com algumas influências punk,
músicas rápidas e directas, já não são a imagem do Robert Smith desta
altura mas sim de um Robert do passado, do período Easy Cure.
A capa original deste álbum tem a particularidade de não ter imagem
alguma da banda mas sim três objectos comuns a representar a banda
(candeeiro, aspirador e um frigorífico) e não ter o nome das músicas,
apenas umas imagens relacionadas com cada uma delas, criando um certo
mistério em torno da banda.
Mas o que Chris Parry queria demonstrar com esta atitude era que a
banda valia pela sua música e não pela sua imagem. Nesta altura eles
queriam demonstrar que eram apenas simples pessoas a fazer música, sem
qualquer tipo de imagem.
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O meu problema com os Cure era, aqui estava uma banda sem imagem mas com uma música forte, então eu pensei "vamos fazê-lo completamente sem uma imagem" em vez de ir pelo típico, sangue, macabro e violento que estava em voga para as capas de álbuns desta altura. Eu pensei, "vamos fazê-lo completamente desapaixonados, vamos escolher as três coisas mais mundanas que possamos encontrar." | ![]()
— Chris Parry, Ten Imaginary Years, 1988
|
![]() |
Eu nem gostei do álbum. Nem sequer pensei que soasse a The Cure de todo. Muitas pessoas disseram que gostavam da sua diversidade mas essa é exactamente a razão que eu não gostei do álbum. Soa como uma compilação ou algo parecido… | ![]()
— Robert Smith, Ten Imaginary Years, 1988
|
Começam a tournée de promoção ao álbum e pouco depois são convidados para serem a banda de suporte para a banda Siouxsie & The Banshees.
Após uma invulgar deserção no seio desta banda em plena tournée, Robert
Smith oferece-se para o lugar de guitarrista até ao fim desta e
passaria a fazer os dois sets, tanto pelos Cure como pelos Banshees.
Editam o single "Boys Don't Cry" em Junho que não obtém o sucesso esperado.
O terceiro single dos The Cure, "Jumping Someone Else's Train" foi lançado no começo de Outubro de 1979. Pouco após, Dempsey foi expulso da banda pela sua fria recepção ao material que Smith havia escrito para o álbum seguinte. Dempsey juntou-se aos The Associates, enquanto o baixista Simon Gallup e o teclista Matthieu Hartley da banda de post-punk/new wave de Horley, The Magspies, se juntaram aos The Cure. Os The Associates seriam a banda de abertura para os The Cure inicialmente e The Passions na turnée inglesa Future Pastimes entre Novembro e Dezembro, com a nova formação dos Cure já a tocar algumas canções do projectado segundo álbum.
Enquanto isso, uma banda paralela formada por Smith, Tolhurst, Dempsey,
Gallup, Hartley e Thompson, com vozes de apoio de família e amigos, e
com o carteiro local, Frankie Bell, a vocalista, lançaram um single de 7
polegadas em Dezembro sob o nome presumido de Cult Hero.
DISCOGRAFIA
Three Imaginary Boys (1979)

1. "10.15 Saturday Night" – 3:42
2. "Accuracy" – 2:17
3. "Grinding Halt" – 2:49
4. "Another Day" – 3:44
5. "Object" – 3:03
6. "Subway Song" – 2:00
7. "Foxy Lady" (Jimi Hendrix) – 2:29
8. "Meathook" – 2:17
9. "So What" – 2:37
10. "Fire in Cairo" – 3:23
11. "It's Not You" – 2:49
12. "Three Imaginary Boys" – 3:17
13. Untitled (a.k.a. "The Weedy Burton", hidden track) – 1:04

1. "10.15 Saturday Night" – 3:42
2. "Accuracy" – 2:17
3. "Grinding Halt" – 2:49
4. "Another Day" – 3:44
5. "Object" – 3:03
6. "Subway Song" – 2:00
7. "Foxy Lady" (Jimi Hendrix) – 2:29
8. "Meathook" – 2:17
9. "So What" – 2:37
10. "Fire in Cairo" – 3:23
11. "It's Not You" – 2:49
12. "Three Imaginary Boys" – 3:17
13. Untitled (a.k.a. "The Weedy Burton", hidden track) – 1:04
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Seventeen Seconds (1980)

1. "A Reflection" (Instrumental)
2. "Play for Today" – 3:39
3. "Secrets" – 3:20
4. "In Your House" – 4:07
5. "Three" – 2:36
6. "The Final Sound" (Instrumental) – 0:53
7. "A Forest" – 5:55
8. "M" – 3:03
9. "At Night" – 5:54
10. "Seventeen Seconds" – 4:02
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Faith (1981)

1. "The Holy Hour" – 4:25
2. "Primary" – 3:35
3. "Other Voices" – 4:28
4. "All Cats Are Grey" – 5:28
5. "The Funeral Party" – 4:14
6. "Doubt" – 3:11
7. "The Drowning Man" – 4:50
8. "Faith" – 6:43
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Pornography (1982)

1. "One Hundred Years" – 6:40
2. "A Short Term Effect" – 4:22
3. "The Hanging Garden" – 4:33
4. "Siamese Twins" – 5:29
5. "The Figurehead" – 6:15
6. "A Strange Day" – 5:04
7. "Cold" – 4:26
8. "Pornography" – 6:27
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The Top (1984)

1. "Shake Dog Shake" – 4:55
2. "Birdmad Girl" (Smith, Tolhurst) – 4:05
3. "Wailing Wall" – 5:17
4. "Give Me It" – 3:42
5. "Dressing Up" – 2:51
6. "The Caterpillar" (Smith, Tolhurst) – 3:40
7. "Piggy in the Mirror" (Smith, Tolhurst) – 3:40
8. "The Empty World" – 2:36
9. "Bananafishbones" – 3:12
10. "The Top" – 6:50

1. "Shake Dog Shake" – 4:55
2. "Birdmad Girl" (Smith, Tolhurst) – 4:05
3. "Wailing Wall" – 5:17
4. "Give Me It" – 3:42
5. "Dressing Up" – 2:51
6. "The Caterpillar" (Smith, Tolhurst) – 3:40
7. "Piggy in the Mirror" (Smith, Tolhurst) – 3:40
8. "The Empty World" – 2:36
9. "Bananafishbones" – 3:12
10. "The Top" – 6:50
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The Head On The Door (1985)

1. "In Between Days"
2. "Kyoto Song" – 4:16 produced by Smith, Allen and Howard Gray
3. "The Blood" – 3:43
4. "Six Different Ways" – 3:18
5. "Push" – 4:31 produced by Smith, Allen and Gray
6. "The Baby Screams" – 3:44
7. "Close to Me" – 3:23
8. "A Night Like This" – 4:16
9. "Screw" – 2:38
10. "Sinking" – 4:57
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Kiss Me Kiss Me Kiss Me (1987)

1. "The Kiss"
2. "Catch" – 2:42
3. "Torture" – 4:13
4. "If Only Tonight We Could Sleep" – 4:50
5. "Why Can't I Be You?" – 3:11
6. "How Beautiful You Are" – 5:10
7. "The Snakepit" – 6:56
8. "Hey You!" – 2:22
9. "Just Like Heaven" – 3:30
10. "All I Want" – 5:18
11. "Hot Hot Hot!!!" – 3:32
12. "One More Time" – 4:29
13. "Like Cockatoos" – 3:38
14. "Icing Sugar" – 3:48
15. "The Perfect Girl" – 2:34
16. "A Thousand Hours" – 3:21
17. "Shiver and Shake" – 3:26
18. "Fight" – 4:27
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Disintegration (1989)
1. "Plainsong" – 5:12
2. "Pictures of You" – 7:24
3. "Closedown" – 4:16
4. "Lovesong" – 3:29
5. "Last Dance" – 4:42
6. "Lullaby" – 4:08
7. "Fascination Street" – 5:16
8. "Prayers for Rain" – 6:05
9. "The Same Deep Water as You" – 9:19
10. "Disintegration" – 8:18
11. "Homesick" – 7:06
12. "Untitled" – 6:30

1. "Plainsong" – 5:12
2. "Pictures of You" – 7:24
3. "Closedown" – 4:16
4. "Lovesong" – 3:29
5. "Last Dance" – 4:42
6. "Lullaby" – 4:08
7. "Fascination Street" – 5:16
8. "Prayers for Rain" – 6:05
9. "The Same Deep Water as You" – 9:19
10. "Disintegration" – 8:18
11. "Homesick" – 7:06
12. "Untitled" – 6:30
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Wish (1992)

1. "Open" – 6:51
2. "High" – 3:37
3. "Apart" – 6:40
4. "From the Edge of the Deep Green Sea" – 7:44
5. "Wendy Time" – 5:13
6. "Doing the Unstuck" – 4:24
7. "Friday I'm in Love" – 3:39
8. "Trust" – 5:33
9. "A Letter to Elise" – 5:14
10. "Cut" – 5:55
11. "To Wish Impossible Things" – 4:43
12. "End" – 6:46

1. "Open" – 6:51
2. "High" – 3:37
3. "Apart" – 6:40
4. "From the Edge of the Deep Green Sea" – 7:44
5. "Wendy Time" – 5:13
6. "Doing the Unstuck" – 4:24
7. "Friday I'm in Love" – 3:39
8. "Trust" – 5:33
9. "A Letter to Elise" – 5:14
10. "Cut" – 5:55
11. "To Wish Impossible Things" – 4:43
12. "End" – 6:46
Wild Mood Swings (1996)

1. "Want" – 5:06
2. "Club America" (Bamonte, Cooper, Gallup, Smith) – 5:02
3. "This Is a Lie" – 4:29
4. "The 13th" – 4:08
5. "Strange Attraction" – 4:19
6. "Mint Car" – 3:32
7. "Jupiter Crash" – 4:15
Parte 2
8. "Round & Round & Round" – 2:39
9. "Gone!" – 4:31
10. "Numb" – 4:49
11. "Return" – 3:28
12. "Trap" – 3:37
13. "Treasure" – 3:45
14. "Bare" – 7:57
BloodFlowers (2000)

1. "Out of This World" – 6:44
2. "Watching Me Fall" – 11:13
3. "Where the Birds Always Sing" – 5:44
4. "Maybe Someday" – 5:04
5. "The Last Day of Summer" – 5:36
6. "There Is No If..." – 3:44
7. "The Loudest Sound" – 5:09
8. "39" – 7:20
9. "Bloodflowers" – 7:31

1. "Out of This World" – 6:44
2. "Watching Me Fall" – 11:13
3. "Where the Birds Always Sing" – 5:44
4. "Maybe Someday" – 5:04
5. "The Last Day of Summer" – 5:36
6. "There Is No If..." – 3:44
7. "The Loudest Sound" – 5:09
8. "39" – 7:20
9. "Bloodflowers" – 7:31
The Cure (2004)


1. "Lost" – 4:07
2. "Labyrinth" – 5:14
3. "Before Three" – 4:40
4. "The End of the World" – 3:44
5. "Anniversary" – 4:22
6. "Us or Them" – 4:09
7. "alt.end" – 4:30
8. "(I Don't Know What's Going) On" – 2:57
9. "Taking Off" – 3:19
10. "Never" – 4:04
11. "The Promise" – 10:21